Líder de televisão cabo-verdiana sai após acusação de violência de género

O presidente da Rádio Televisão Cabo-verdiana (RTC), Policarpo de Carvalho, pediu hoje a demissão do cargo após ser acusado pela prática do crime de Violência Baseada no Género (VBG).

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Lusa
16/01/2023 20:57 ‧ 16/01/2023 por Lusa

Mundo

Cabo Verde

Em conferência de imprensa, Carvalho disse que se demitiu do cargo para aguardar a decisão final da justiça sobre o caso, noticiado hoje pela imprensa cabo-verdiana, dando conta que a ofendida é a esposa.

"Estou a deixar o cargo de cabeça levantada e da outra parte do processo houve claramente um golpe, muito bem montado, contra a minha pessoa", criticou o ex-dirigente, que estava no cargo desde junho de 2020.

No domingo, sem mencionar nomes, o Ministério Público anunciou a detenção, fora de flagrante delito, de dois indivíduos indiciados da prática do Crime de Violência Baseada no Género Agravado.

Um dos indivíduos, de 60 anos, - a outra é uma mulher de 49 anos - é economista de formação e é indiciado da prática de três crimes de violência baseada no género agravado.

Ao ser submetido ao primeiro interrogatório, o homem ficou como medida de coação de proibição de permanência na casa de morada de família, proibição de contacto e aproximação da vítima e apresentação periódicas às autoridades.

Na conferência de imprensa, Policarpo de Carvalho disse que sai da RTC orgulhoso do trabalho desenvolvido, explicando que não agrediu a esposa, como foi escrito na imprensa cabo-verdiana.

A mulher também desmentiu a alegada agressão, supostamente numa viagem de férias recente entre ambos ao estrangeiro, dizendo que poderão estar em causa agressões psicológicas, denunciadas por familiares próximos.

"É triste que neste país, quando há famílias com capacidade real, as pessoas tentam aniquilar", lamentou o ex-presidente da RTC, maior empresa de comunicação social publica do país, criada em 1997, após fusão da rádio e da televisão nacionais.

Instado a pronunciar-se sobre o caso na manhã de hoje, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, disse que situações como estar indiciado da prática de crime de VBG não casa com o de presidente da RTC, relegando a decisão ao conselho de independente da empresa.

O presidente do conselho independente, Daniel Medina, disse que os membros vão reunir-se e que na quarta-feira vão indicar um dos dois administradores para passar a assumir o cargo de presidente.

Leia Também: Presidente de Cabo Verde pede condições para apoiar migrantes

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