Líbia envia ajuda para Tunísia a braços com escassez de alimentos

A Líbia enviou hoje cerca de uma centena de camiões carregados com açúcar, óleo, farinha e arroz para a vizinha Tunísia, confrontada com mais uma escassez desses produtos alimentares, situação recorrente no país, indicou a embaixada líbia em Tunes.

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Lusa
17/01/2023 16:59 ‧ 17/01/2023 por Lusa

Mundo

Ajuda humanitária

"Esta é uma doação do Governo de Unidade Nacional [com sede em Tripoli] à Tunísia para ajudar a superar a grave escassez de produtos básicos que o povo tunisino está a enfrentar", afirmou à agência noticiosa France-Presse (AFP) o assessor de imprensa da embaixada líbia em Tunes, Naim Acibi.

Acibi sublinhou que a ajuda alimentar foi enviada a bordo de 96 camiões que chegaram hoje de manhã a território tunisino, através do posto fronteiriço de Ras Jedir, parte dos 170 previstos.

A Tunísia enfrenta uma grave crise económica e financeira, que resulta sobretudo da escassez crónica de produtos alimentares básicos, num cenário de fortes tensões políticas desde que o presidente Kais Saied assumiu o poder em julho de 2021.

O posto fronteiriço de Ras Jedir é o principal ponto de passagem entre o oeste da Líbia e o sudeste da Tunísia, um território que vive em grande parte do comércio transfronteiriço, incluindo o contrabando.

Além do comércio, a Tunísia é o primeiro destino da população do oeste da Líbia para atendimento médico.

O envio dessa ajuda ocorre menos de dois meses depois de uma visita à Tunísia, no final de novembro, do chefe do Governo de Tripoli, Abdelhamid Dbeibah, que marcou uma melhoria nas relações entre os dois países vizinhos.

A Líbia, por seu lado, mergulhou no caos após a revolta que derrubou o regime de Muammar Kadhafi, em 2011, e vive atualmente um impasse político desde que o GUN suspendeu as eleições, a 24 de dezembro de 2021 e, posteriormente, o Parlamento líbio nomeou um Executivo paralelo ao de Tripoli, considerando que o governo de transição de Dbeibah expirou.

Desde então, o Parlamento, controlado pelo marechal Khalifa Haftar, "homem forte" do leste, e o Conselho Superior de Estado, com sede na capital, não conseguiram chegar a um acordo constitucional para definir um processo eleitoral.

O Conselho Presidencial da Líbia - órgão de transição com funções de chefe de Estado - espera que nos próximos dias seja convocada uma reunião entre os dois poderes para completar os princípios constitucionais que permitirão a realização de eleições.

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