Diretor da CIA avisa Zelensky que ajuda do Ocidente poderá diminuir

A notícia foi avançada pelo The Washington Post que, na quinta-feira, revelou que os responsáveis abordaram a continuidade do apoio concedido à Ucrânia por parte dos Estados Unidos, num momento em que a Câmara dos Representantes daquele país enfrenta uma maioria republicana.

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Daniela Filipe
20/01/2023 15:19 ‧ 20/01/2023 por Daniela Filipe

Mundo

Ucrânia/Rússia

O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), William Burns, terá visitado o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na semana passada, fornecendo-lhe informações quanto aos passos do regime de Moscovo no conflito tanto nas próximas semanas, como nos próximos meses. O responsável adiantou, contudo, que a ajuda fornecida pelo Ocidente poderá diminuir no futuro, à medida que a guerra se alastra no tempo.

A notícia foi avançada pelo The Washington Post que, na quinta-feira, revelou que os responsáveis abordaram a continuidade do apoio concedido à Ucrânia por parte dos Estados Unidos, face à maioria republicana na Câmara dos Representantes daquele país, e da urgência deste ponto do conflito, que alcançará um ano no próximo mês.

Isto porque, conforme explicou o jornal norte-americano, vários membros da alçada mais conservadora do Partido Republicano pretendem colocar um ponto final ao fluxo de dinheiro alocado à defesa e aos conflitos militares.

Na verdade, o mesmo meio apontou que Burns alertou que a ajuda fornecida pelo Ocidente poderá diminuir no futuro. Ainda assim, os conselheiros de Zelensky terão considerado que a administração norte-americana continuará a apoiar a Ucrânia.

Essa tese foi corroborada esta sexta-feira, com o envio de um novo pacote de ajuda de 2.500 milhões de dólares, um "apoio importante" para combater as forças russas, segundo disse Zelensky, ao agradecer ao seu homólogo.

De notar que o diretor da CIA ter-se-á encontrado com Zelensky ainda antes do início da invasão russa, a pedido do presidente norte-americano, Joe Biden, alertando-o não só para os objetivos daquele país, como também para uma conspiração para o assassinar, conforme revelou o autor e analista Chris Whipple, no livro ‘The Fight of His Life: Inside Joe Biden’s White House’, publicado na terça-feira nos Estados Unidos.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 6.952 civis desde o início da guerra e 11.144 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Entre apelos para "acelerar", Zelensky aponta que "tempo é arma russa"

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