O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, afirmou que o seu país "já está pronto" para oferecer mais assistência à Rússia no conflito armado em território ucraniano.
À margem de uma visita de Estado ao Zimbabué, outro país aliado da Rússia, Lukashenko referiu ainda que, de momento, as tropas de Putin não precisam de "nenhuma ajuda".
"Se os nossos irmãos russos precisarem de ajuda, estamos sempre prontos para oferecer tal ajuda", afirmou o líder bielorrusso.
Já esta terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, pediu ao seu governo para negociar a criação de centros de treino militar conjuntos com a Bielorrússia, país vizinho e aliado na guerra contra a Ucrânia.
Aliada da Rússia, a Bielorrússia tem servido de base de retaguarda para as tropas russas desde o início da ofensiva contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro, mas o exército bielorrusso absteve-se, até agora, de entrar em batalha em território ucraniano.
Em meados de outubro, a Bielorrússia e a Rússia anunciaram a criação de uma força militar conjunta, que, segundo Minsk, tinha uma missão puramente "defensiva".
Os dois países estão constantemente a realizar exercícios militares de larga escala, alimentando regularmente especulações de que o exército bielorrusso poderá seguir a Rússia e lançar um ataque à Ucrânia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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