A revisão da doutrina de defesa do Japão, anunciada no final de 2022, torna-o "ainda mais" um parceiro "pela paz", disse Stoltenberg.
"Estou feliz que o Japão esteja a planear atingir a referência da NATO de 2% do PIB [produto interno bruto] gasto em defesa", notou o responsável, num discurso na Universidade Keio, em Tóquio.
Durante décadas, o Japão limitou os gastos militares a cerca de 1% do PIB, mas o Governo do primeiro-ministro, Fumio Kishida, aprovou uma revisão da doutrina da defesa, em dezembro, na qual prevê um aumento para 2% do PIB até 2027.
"Isso demonstra que o Japão leva a sério a segurança internacional", constatou Stoltenberg.
As crescentes ameaças da China e da Coreia do Norte, bem como a invasão russa da Ucrânia, tornaram o aumento dos gastos militares do país mais popular entre a população japonesa.
Stoltenberg salientou que a NATO não olha para a China como adversária, mas que a pressão crescente e as ambições militares de Pequim são um problema que precisa de ser resolvido.
Perante a plateia na Universidade Keio, o norueguês sublinhou que Pequim está a investir cada vez mais em armas nucleares e mísseis de longo alcance, de forma não transparente e abdicando do diálogo sobre o controlo de armas atómicas.
O líder da NATO sublinhou ainda que a guerra liderada pela Rússia na Ucrânia é um problema global que também afetou o ambiente de segurança na Ásia.
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