China anuncia reinício de excursões organizadas para Hong Kong e Macau
A China anunciou hoje o fim de todas as restrições devido à pandemia de covid-19 nas deslocações para Hong Kong e Macau, permitindo o reinício das excursões organizadas para as duas cidades, a partir de segunda-feira.
© Lusa
Mundo China
O secretário para a Economia e Finanças de Macau, Lei Wai Nong, disse, em conferência de imprensa, que a medida vai servir de "impulso para a recuperação da economia" do território, dependente do turismo.
O Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado, o executivo chinês, confirmou o cancelamento da necessidade de registo e das quotas para atravessar as fronteiras que ligam as duas regiões à China continental, de acordo com um comunicado.
A decisão "é uma boa notícia", acrescentou, na mesma conferência, a diretora dos Serviços para o Turismo (DST), Maria Helena de Senna Fernandes, sublinhando que a reabertura às excursões organizadas "é nacional".
Em setembro, o chefe do Governo de Macau, Ho Iat Seng, tinha anunciado para novembro o reinício das excursões organizadas, a começar pelas províncias de Guangdong (sudeste), Fujian (sudeste), Zhejiang (leste) e a cidade de Xangai (na costa leste da China).
Senna Fernandes disse que Macau está também "a preparar medidas para explorar novos mercados" no estrangeiro, a começar por um 'roadshow' no Sudeste Asiático.
A diretora da DST indicou que as autoridades da China continental estão "a apreciar medidas para permitir excursões organizadas do Sudeste Asiático". "Tailândia é um dos que consideramos, porque tem um voo direto" para Macau, acrescentou.
A região administrativa especial chinesa tinha registado um recorde de 39,4 milhões de visitantes em 2019, incluindo 8,3 milhões em excursões organizadas.
Senna Fernandes disse acreditar que Macau tem agora capacidade para acolher ainda mais turistas do que antes da pandemia.
"Temos mais de 46 mil quartos de hotel e ainda temos mais de dois mil quartos que serão disponibilizados em breve", acrescentou a governante.
Macau, que à semelhança da China seguia a política 'zero covid', anunciou em dezembro o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições.
Com o alívio das medidas, a cidade registou 451 mil visitantes durante a semana do Ano Novo Lunar, quase o triplo de 2022.
A média da taxa de ocupação hoteleira foi de 85,7%, com um pico no terceiro dia do Ano Novo Lunar (24 de janeiro), de 92,1%.
Lei Wai Nong reconheceu que os hotéis locais têm sentido falta de pessoal, porque a cidade perdeu cerca de 40 mil trabalhadores estrangeiros, sem estatuto de residente, devido ao impacto da covid-19 na economia do território.
O secretário garantiu que "esta semana" vai negociar com as empresas ligadas ao turismo para "resolver o problema com que o setor se está a deparar".
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