Na receção a líderes para uma cimeira da UE com a Ucrânia, em Kiev, Zelensky mostrou-se ainda totalmente determinado em tirar proveito das negociações que se irão prolongar nos próximos anos, na tentativa de colocar o seu país na comunidade europeia.
"O nosso objetivo é absolutamente claro: iniciar as negociações sobre a adesão da Ucrânia. Não desperdiçaremos um único dia no nosso trabalho para aproximar a Ucrânia e a UE", escreveu Zelensky na rede social Twitter, numa mensagem acompanhada de imagens da chegada dos líderes europeus à capital do seu país.
Sobre a resistência à invasão russa, o Presidente ucraniano aproveitou a ocasião para insistir na necessidade de entregas mais rápidas de armas de longo alcance para recuperar o território do Donbass sob ocupação russa.
Zelensky garantiu que está determinado a defender "a fortaleza" de Bakhmut, demore o tempo que demorar, naquele que é neste momento o principal epicentro dos combates, mas admitiu que precisa rapidamente de mais e melhor equipamento militar.
"Se as entregas de armas forem aceleradas, especialmente armas de longo alcance, não só não nos retiraremos de Bakhmut, como começaremos a recuperar o Donbass", disse Volodymyr Zelensky.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
[Notícia atualizada às 16h16]
Leia Também: "Ucrânia merece iniciar negociações sobre adesão à UE este ano"