Além de Telavive, o principal núcleo do movimento de protesto contra o Governo, o mais de direita da história de Israel, houve também pequenas manifestações nas cidades de Jerusalém, Herzliya e Modiin. Em Modiin, manifestantes protestaram frente à casa do ministro da Justiça, Yariv Levin.
Como em todos os outros protestos, as bandeiras israelitas proliferaram na manifestação de hoje, que também incluía cartazes com palavras antigovernamentais ou alertas sobre o "desastre bíblico" que o plano de reforma judicial implicaria.
Se aprovado, entre outras questões, o plano, que o atual Governo de coligação propõe, significaria que o parlamento poderia anular com uma maioria simples as decisões do Supremo Tribunal que anulam a legislação ou as decisões do Governo.
O Supremo Tribunal tem o poder de anular as normas que considera contrárias às leis básicas de Israel - o corpo de leis com estatuto constitucional - e os opositores do plano acreditam que a reforma iria corroer a separação de poderes e enfraquecer as bases formais da democracia israelita.
Desde que o Governo anunciou a sua intenção de avançar com a lei, há mais de um mês, os protestos têm sido maciços em Telavive, o principal bastião das posições liberais em Israel.
Estes são os maiores protestos no país em décadas e há duas semanas mais de 120.000 pessoas saíram à rua, um número que ultrapassou os 80.000 de há três semanas.
A 29 de janeiro, no meio de uma forte escalada da violência na região no contexto do conflito israelo-palestiniano, o protesto juntou cerca de 40.000 pessoas, enquanto cerca de 60.000 pessoas estiveram hoje nas ruas, segundo a imprensa local.
Leia Também: Protestos em Telavive contra planos para encerrar emissora pública