Fumar mata mas, pelos vistos, também pode ajudar a resolver mistérios. Volvidos cinquenta e dois anos da morte de Rira Curran, uma professora de 24 anos do estado norte-americano do Vermont, uma beata encontrada perto do seu corpo ajudou as autoridades a encontrar o seu homicida, na terça-feira.
O caso ocorreu na cidade de Burlington, com as autoridades a identificarem William DeRoos, na altura com 31 anos, como o responsável pela morte de Curran, numa noite de julho de 1971.
Numa conferência de imprensa citada pela Associated Press, o detetive do departamento policial de Burlington, James Trieb, explicou que foram realizados testes de ADN à beata, permitindo que as autoridades concluíssem uma longa investigação.
Num intervalo de 71 minutos, nessa noite há 52 anos, DeRoos terá tido uma discussão com a mulher, com quem casara há apenas duas semanas e, após sair do apartamento para espairecer, estrangulou a vizinha de baixo, Rira Curran.
Na altura, o homicídio chocou a comunidade de Burlington, no estado do Vermont, mas o caso prosseguiu sem fim à vista.
A beata tinha sido encontrada em 2014 mas, na altura, não foram encontrados dados suficientes para corresponder o ADN encontrado com o de um possível homicida.
A investigação foi reaberta em 2019 quando as autoridades entrevistaram a antiga mulher de DeRoos, que disse que, naquele período de tempo, os colegas de casa de Curran não estavam no local. Nesse ano, também foi possível contratar uma empresa de testes de ADN que conseguiu recolher amostras suficientes para apontarem o dedo a William DeRoos.
Aos jornalistas, James Trieb explicou que a polícia "está confiante que William DeRoos é responsável pelo homicídio agravado de Rira Curran". "No entanto, porque ele morreu de uma overdose num quarto de hotel, não será responsabilizado pelas suas ações, mas o caso será encerrado", concluiu.
Depois do homicídio, DeRoos viajou para a Tailândia e tornou-se um monge. Depois voltar para os Estados Unidos, em 1986, foi encontrado morto em São Francisco.
Quanto a família de Rira Curran, os pais da professora morreram sem saberem quem matou a sua filha. Estiveram presentes na esquadra de Burlington os dois irmãos da mulher, que agradeceram a intervenção das autoridades.
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