Rússia confirma conversações sobre "grande troca" de prisioneiros de guerra

As autoridades russas confirmaram hoje que Moscovo e Kyiv iniciaram conversações para negociar "uma grande troca" de prisioneiros de guerra, embora as partes não tenham ainda chegado a um acordo.

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Lusa
17/12/2024 15:50 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Esta informação foi avançada pela comissária para os Direitos Humanos russa, Tatiana Moskalkova, que precisou que a parte russa enviou já várias vezes uma lista com centenas de prisioneiros de guerra que está disposta a libertar.

 

Moskalkova sublinhou que estas conversações estão a ser lideradas pelo Exército russo, sob a premissa principal de que Moscovo espera receber o mesmo número de prisioneiros de guerra que liberta, segundo a agência noticiosa TASS.

A comissária para os Direitos Humanos russa indicou que está também em conversações com o homólogo ucraniano para entregar aos prisioneiros de guerra alguns objetos pessoais, incluindo correspondência dos seus familiares.

"É muito importante para eles, antes que se realize a troca de prisioneiros, saber que os seus familiares e amigos estão vivos, que estão a receber a ajuda necessária e que esta cumpre as normas internacionais", afirmou.

As trocas de prisioneiros de guerra são um dos poucos aspetos em que a Rússia e a Ucrânia chegaram a acordo desde o início da guerra, há quase três anos. Agora, de acordo com a proposta da Hungria, poderá ser efetuada uma nova troca.

As autoridades húngaras anunciaram na semana passada uma proposta humanitária para um cessar-fogo de Natal e uma grande troca de prisioneiros, que foi, no entanto, inicialmente rejeitada por Kyiv, embora a questão pareça agora continuar ainda em negociação.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

No terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk, e da recente autorização do Presidente norte-americano, Joe Biden, à Ucrânia para utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a Rússia.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

Leia Também: Rússia apoia esforços de Orbán para tréguas e entregou lista de presos

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