Ucrânia. EUA criticam plano de paz da China e destacam fracasso da Rússia

Os Estados Unidos criticaram hoje o "plano de paz" anunciado pela China, composto por 12 pontos para acabar com o conflito na Ucrânia, e destacaram o fracasso militar da Rússia face à resistência das forças ucranianas.

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© Drew Angerer/Getty Images

Lusa
24/02/2023 11:30 ‧ 24/02/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, declarou que Washington está a observar "de perto" os movimentos de Pequim e sublinhou que o gigante asiático poderia estar a preparar-se para "entregar armas letais à Rússia", um possível cenário que não foi ainda confirmado, mas também não descartado.

Sullivan afirmou, no entanto, que a ideia de que os dois países se tornem "aliados inseparáveis" não foi comprovada, dado que a China tem mantido "cautela" em relação ao conflito e absteve-se de apoiar Moscovo no âmbito da recente votação na ONU.

"Tentaram mostrar que, de alguma forma, não apoiam totalmente a Rússia em relação a esta guerra", declarou o conselheiro norte-americano.

Além disso, Sullivan afirmou que a guerra "poderia terminar amanhã", se o Presidente russo, Vladimir Putin, que "tomou a decisão de a iniciar", assim o decidisse.

"Penso que poderia ser travada e a soberania de todas as nações poderia ser respeitada. Esta guerra poderia terminar amanhã se a Rússia parasse de atacar a Ucrânia e retirasse as suas tropas", declarou.

"A Ucrânia não atacou a Rússia, a NATO não atacou a Rússia, os Estados Unidos não atacaram a Rússia. É uma guerra que Putin começou", afirmou antes de apontar que a guerra pode, no entanto, prolongar-se por meses sem que haja um fim à vista.

Nesse sentido, Sullivan declarou que após um ano de conflito, a Ucrânia conseguiu deter o avanço da Rússia e impedi-la de cumprir o seu principal objetivo: tomar a capital, Kiev.

"O objetivo da Rússia nesta guerra era varrer a Ucrânia do mapa, tomar a capital e eliminá-la, absorvê-la na Rússia", disse.

Sullivan defendeu, no entanto, que os russos "falharam", sublinhando ainda que as perspetivas russas de atingir tal objetivo não são positivas.

Nas mesmas declarações, o conselheiro norte-americano descartou, de momento, a possibilidade da Rússia planear uma mudança de posição na questão nuclear.

"Não vimos algum movimento em relação às armas nucleares que nos levasse a pensar que algo mudou no último ano", disse ainda Jack Sullivan.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: G7 vai apelar ao fim de qualquer apoio militar à Rússia

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