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Hong Kong critica EUA por pedirem sanções por julgamento de ativistas

O governo de Hong Kong acusou de "intimidação" um comité do parlamento dos EUA que apelou ao presidente norte-americano, Joe Biden, para impor sanções aos procuradores e dirigentes responsáveis pelo julgamento de ativistas pró-democracia.

Hong Kong critica EUA por pedirem sanções por julgamento de ativistas
Notícias ao Minuto

06:31 - 02/03/23 por Lusa

Mundo Hong Kong

Num comunicado divulgado na quarta-feira, as autoridades da região administrativa especial chinesa disseram que os comentários do Comité Executivo do Congresso dos Estados Unidos sobre a China são "de motivação exclusivamente política".

Na terça-feira, os líderes do comité, o republicano Christopher H. Smith e o democrata Jeff Merkley, reiteraram o apelo à imposição de sanções aos responsáveis pela detenção e julgamento de ativistas políticos.

O apelo surgiu no segundo aniversário da detenção de 47 proeminentes figuras pró-democracia, acusadas de tentarem derrubar o governo pró-Pequim de Hong Kong, e cujo julgamento começou a 06 de fevereiro.

Este é o maior processo judicial até à data ao abrigo da Lei de Segurança Nacional, imposta a Hong Kong por Pequim em 2020, e que na prática ilegalizou qualquer ato de dissidência política.

O executivo de Hong Kong defendeu que os procuradores "têm cumprido os seus honrosos deveres de administrar a justiça de forma independente e imparcial" e que "nenhum caso será tratado de forma diferente devido às crenças políticas" dos envolvidos.

O comunicado avisou que a declaração do comité do Congresso norte-americano "pode até mesmo constituir delito de desacato ao tribunal ou delito de tentativa de perverter o curso da justiça".

Os líderes do comité tinham ainda pedido ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, para agendar, "de forma urgente", uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre "o historial abismal de direitos humanos da China e a sua tentativa de desmantelar os direitos fundamentais garantidos aos cidadãos de Hong Kong".

Em resposta, o governo da região disse que "o ato de intimidação arbitrário e irracional dos políticos dos EUA" é "uma tentativa flagrante de minar o estado de direito de Hong Kong".

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