Hoje, durante reunião informal na Suécia, organizada pela presidência sueca do Conselho da UE, os governantes dos 27 com a tutela da Defesa discutem as operações militares que envolvem o bloco comunitário, no âmbito de missões da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), uma vez que a maioria dos Estados-membros da União pertencem à aliança militar.
Já na quarta-feira a prioridade do encontro é a continuidade do apoio militar que está a ser prestado à Ucrânia desde o início da invasão pela Rússia, há um ano.
Na reunião estarão também presentes representantes militares de Kiev para fazer um ponto de situação sobre a contraofensiva nas regiões ocupadas pelas Forças Armadas russas.
Neste âmbito, há dois tópicos prioritários para os ministros da Defesa da União Europeia: encontrar financiamento para aquisição de munições de artilharia e a missão de treino de militares das Forças Armadas da Ucrânia.
Sobre estes dois tópicos haverá também 'inputs' de representantes da NATO e da ONU. É desconhecido se vai ser abordada a questão da entrega dos veículos de combate Leopard 02 A6. Portugal é um dos países que pretende enviar estes tanques modernos até ao final do mês, como anunciou o Governo no início de fevereiro.
Em cima da mesa poderá estar também a discussão do próximo pacote de apoio militar à Ucrânia, no valor de 1.000 milhões de euros. Fontes diplomáticas consultadas pela France-Presse (AFP) há cerca de uma semana revelaram que o alto-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, instou os 27 a disponibilizarem este valor para honrar o compromisso de fornecer com urgência as munições de artilharia pedidas por Kiev.
Este valor deverá integrar o Fundo Europeu de Apoio à Paz, para comprar projéteis de 155 mm utilizados pelas Forças Armadas ucranianas.
O assunto certamente será abordado ao longo destes dois dias de reuniões, mas a informalidade do encontro deverá impedir mais do que um possível acordo político, uma vez que a concretização do pedido feito por Borrell ainda terá de passar pelo crivo dos ministros das Finanças dos 27.
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