A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning afirmou, em conferência de imprensa, que a China sempre "deu grande importância às questões de segurança nuclear".
Num plano proposto, no final do mês passado, para o conflito na Ucrânia, a China afirmou a sua "oposição a ataques armados a instalações nucleares". Pequim "promove a cooperação internacional no âmbito da segurança nuclear, como uma das suas principais diretrizes", disse a porta-voz.
O país asiático vai fazer a doação através da Agência Internacional de Energia Atómica e do seu projeto de assistência técnica para proteção e segurança.
A porta-voz enfatizou que o governo chinês "vai continuar a trabalhar com a comunidade internacional para estabelecer um sistema de segurança nuclear internacional justo e benéfico para todas as partes".
A maior usina nuclear da Ucrânia está localizada em Zaporizhia, no sudeste da Ucrânia, e é atualmente controlada pelos russos, tendo sido desconectada do sistema de fornecimento de energia ucraniano.
A China foi um dos países que se absteve de votar numa resolução da Assembleia da ONU a condenar a invasão russa.
No plano de Pequim, referido por Mao, destaca-se a importância de "respeitar a soberania de todos os países", numa referência à Ucrânia, mas apela-se também para o fim da "mentalidade da Guerra Fria", numa crítica implícita ao alargamento da NATO. A China pediu ainda o fim das sanções ocidentais impostas à Rússia.
A proposta foi criticada pelo Ocidente por colocar "agressor e vítima" ao mesmo nível.
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