A passagem do Freddy pelo Malaui provocou a morte de pelo menos 225 pessoas e no decreto presidencial de luto nacional notifica-se que as bandeiras ficarão a meia haste durante os primeiros sete dias.
"Este ciclone é o terceiro em 13 meses a atingir o nosso país. É a prova das realidades das alterações climáticas", disse Chakwera num discurso transmitido pela televisão.
O Presidente esteve no início do dia em Blantyre, a capital económica e epicentro da catástrofe, onde assistiu a uma cerimónia em memória das vítimas do ciclone.
"Esta é uma tragédia nacional. Apelo aos parceiros e doadores internacionais para que prestem mais assistência face à destruição e danos causados pelo ciclone tropical Freddy", apelou.
Em Moçambique, a segunda passagem do ciclone Freddy provocou, desde sexta-feira, pelo menos 21 mortos na província da Zambézia, centro do país, segundo um novo balanço oficial, ainda preliminar, apresentado na terça-feira.
Os números poderão subir à medida que decorre o levantamento dos prejuízos, admitiu o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) de Moçambique.
Num primeiro embate, em 24 de fevereiro, o ciclone tinha provocado 10 mortes em Moçambique.
O Freddy, descrito como "fora da norma" pelos meteorologistas, já é um dos ciclones mais duradouros e que realizou uma trajetória mais longa nas últimas décadas, percorrendo mais de 10.000 quilómetros desde que se formou no norte da Austrália, em 04 de fevereiro, e cruzou o oceano Índico até ao sul do continente africano.
O ciclone atingiu pela primeira vez a costa leste de Madagáscar em 21 de fevereiro e, depois de atingir Moçambique, regressou à ilha a 05 de março, onde quase 300.000 pessoas foram afetadas e 17 morreram, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas.
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