A polémica reforma nas pensões em França continua a gerar grande descontentamento, tanto no Senado como na rua e, esta terça-feira, milhares de franceses voltaram a contestar a medida com protestos nas ruas de Paris pelo sexto dia consecutivo após a aprovação.
A proposta do governo de Emmanuel Macron consiste no aumento da idade da reforma em dois anos, dos 62 para os 64. No entanto, a França tem uma das políticas de reforma mais alargadas do mundo - em Portugal, a idade da reforma está fixada nos 66 anos e quatro meses - e é um grande motivo de orgulho no estado social francês.
Os protestos promovidos pelos sindicatos reuniram centenas de milhares de pessoas em Paris, que têm expressado ao longo de semanas o seu descontentamento.
Entretanto, a capital francesa está repleta de lixo, já que os protestos intensificaram os problemas provocados pela greve dos cantoneiros e das empresas relacionadas com a recolha de lixo.
Ao início da noite, já começava a rebentar o fogo de artifício e as montanhas de lixo começavam a ser incendiadas, como tem sido costume nestes protestos - que se tornaram na maior expressão de descontentamento contra o governo francês desde os Coletes Amarelos de há quatro anos.
No Senado, Emmanuel Macron sobreviveu a duas moções de censura, promovidas tanto pela esquerda, rejuvenescida após as últimas legislativas e com os protestos, como pela extrema-direita, liderada por Marine Le Pen.
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