À chegada, Netanyahu teve de passar por centenas de manifestantes com bandeiras israelitas e cartazes apelando à defesa da democracia israelita e a gritar "Vergonha!" em hebraico.
Em causa estão as políticas de direita do líder israelita e os planos controversos do governo de Israel para reformar o poder judicial do país.
Outros manifestantes protestaram também contra o que consideram a ocupação israelita de territórios palestinianos. Recentemente, um ministro israelita negou a existência do povo palestiniano e do seu direito à autodeterminação.
Netanyahu deixou para trás um país em convulsão, onde manifestantes bloquearam estradas e entraram em conflito com a polícia nos últimos dias.
O governo quer mais controlo sobre as nomeações judiciais, limitar o Supremo Tribunal na revisão judicial da legislação e dar ao Parlamento poder para anular decisões judiciais com uma maioria simples de votos.
Mas as propostas estão a causar os maiores protestos da história do país, unindo reservistas militares e empresários à oposição política.
O governo britânico divulgou pouca informação sobre as conversações de Sunak com Netanyahu e não foi agendada nenhuma conferência de imprensa.
No final do encontro, um porta-voz de Rishi Sunak deu conta de "conversações sobre o reforço da parceria estreita entre o Reino Unido e Israel" e um futuro acordo de comércio bilateral.
Os dois líderes saudaram a assinatura do Roteiro Reino Unido-Israel 2030, que prevê o investimento de 20 milhões de libras (23 milhões de euros) em projetos comuns de ciência e tecnologia na próxima década.
Sunak e Netanyahu discutiram também a guerra na Ucrânia e a "ameaça" do Irão à estabilidade regional no Médio Oriente e o "risco de proliferação nuclear".
O primeiro-ministro britânico expressou "solidariedade para com Israel face aos ataques terroristas dos últimos meses", mas também "sublinhou a preocupação internacional com as crescentes tensões na Cisjordânia e o risco de prejudicar os esforços para a solução dos dois Estados".
O porta-voz disse ainda que Sunak salientou a "importância da defesa dos valores democráticos que sustentam a nossa relação, inclusive na proposta de reformas judiciais em Israel".
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