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"Há vontade de ver reforçadas as relações entre Cabo Verde e os EUA"

O presidente cabo-verdiano disse hoje à Lusa que sentiu nas autoridades norte-americanas "uma enorme vontade de ver reforçadas as relações" entre os dois países, pelo que tentará estabelecer novas parcerias na região de Nova Inglaterra.

"Há vontade de ver reforçadas as relações entre Cabo Verde e os EUA"
Notícias ao Minuto

10:07 - 04/04/23 por Lusa

Mundo Cabo Verde

José Maria Neves encontra-se a cumprir os últimos dias de uma viagem que o levou a cidades norte-americanas como Boston, New Bedford, Waterbury, Pawtucket ou Brockton, e onde se encontrou com diversas comunidades e associações de cabo-verdianos, assim como com autoridades locais, estaduais e federais.

"Esta viagem está a ultrapassar todas as minhas expectativas. Tenho estado com jovens empreendedores, com igrejas, com várias autoridades, e estarei ainda em universidades e escolas. Tem sido muito bom ver o que a comunidade está a ganhar em termos de poder e há cada vez mais uma consciência de como esta comunidade deve intervir para participar no processo global de desenvolvimento de Cabo Verde em patamares cada vez mais elevados", disse o chefe de Estado.

"Há aqui um bom ambiente e temos possibilidades de reforçar a participação da diáspora nos Estados Unidos no processo de desenvolvimento de Cabo Verde. (...) Estive ainda com 'mayors', governadores e com senadores estaduais e federais, e aqui há uma enorme vontade de ver reforçadas as relações entre Cabo Verde e os Estados Unidos", frisou.

Tendo em conta essa "enorme vontade" que disse ter encontrado junto às autoridades, José Maria Neves aproveitou para lançar dois reptos: "o primeiro é que devemos fazer um esforço para, em 2025, no quadro dos 50 anos da nossa independência, realizarmos uma convenção dos cabo-verdianos nos Estados Unidos, sobretudo, para perspetivarmos os próximos 50 anos e formas de trabalharmos juntos para um país muito mais moderno, próspero, justo e com mais oportunidades para todos", disse.

O segundo repto, também no âmbito dos 50 anos da independência, é levar a Cabo Verde uma forte delegação do estado norte-americano de Massachusetts, conduzida pela governadora estadual, "para podermos estabelecer parcerias na área da educação, saúde e negócios, e darmos o salto no nosso relacionamento", acrescentou.

Em entrevista à Lusa, o chefe de Estado disse também ter sentido uma "enorme disponibilidade" da diáspora cabo-verdiana em trabalhar para o desenvolvimento de Cabo Verde, avaliando que se sentem "orgulhosos" das suas origens e que "querem dar mais" ao país.

"Acho que agora fica a responsabilidade de construir pontes para poderem participar mais ativamente no processo de transformação de Cabo Verde e no aceleramento dos passos que são necessários para isso", observou.

A população de Cabo Verde ronda os 500 mil habitantes, mas o Governo estimou recentemente que mais de um milhão e meio de cabo-verdianos vive na Europa e Estados Unidos, estando o sistema financeiro do arquipélago dependente das remessas desses emigrantes.

José Maria Neves estará nos Estados Unidos até quarta-feira, tendo ainda um programa com vários encontros e eventos em universidades para cumprir.

Na manhã de hoje, o Presidente estará no conceituado MIT - Massachusetts Institute of Technology, onde abordará questões de governação eletrónica.

Já na Universidade de Massachusetts (UMass-Boston), o chefe de Estado será o orador convidado nas cerimónias que marcam o XXV Aniversário do Programa académico de estudos, valorização e divulgação dos percursos e contributos de Martin Luther King e de Amílcar Cabral.

O último dia da viagem, na quarta-feira, será passado na Bridgewater State University, onde manterá um encontro com professores universitários, gestores e empreendedores do setor da educação de ascendência cabo-verdiana.

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