Apenas nove dos acusados, homens curdos da Turquia, com idades entre os 24 e os 64 anos, estiveram presentes no Tribunal Criminal de Paris, numa secção especializada em casos de terrorismo.
A família de um dos dois homens julgados à revelia recentemente "sofreu pressões na Turquia", disse o advogado, argumentando que o cliente pode ter "medo" de comparecer à audiência.
Outra advogada relatou que a irmã do cliente foi presa na Turquia.
O PKK, envolvido desde 1984 na luta armada por um Curdistão independente, é inimigo da Turquia, que o classifica como uma organização "terrorista", assim como a União Europeia e os Estados Unidos.
No início do julgamento de hoje, os advogados de defesa contestaram, no entanto, a qualificação de "terrorista" mantida no final da investigação.
Para o juiz que realizou as investigações, é "adquirido, indiscutível, incontestável", enquanto "há um verdadeiro debate" no que respeita ao PKK.
Os investigadores concluíram, com base em testemunhos e escutas telefónicas, haver um "assédio genuíno" de membros da diáspora e métodos de cobrança semelhantes a "extorsão", mesmo que "alguns" curdos paguem o imposto com convicção ideológica e "adesão total" ao PKK.
A contribuição, arrecadada uma vez por ano, é fixada arbitrariamente pelos "cobradores" de acordo com a renda estimada de cada um, segundo a denúncia apreciada pelo tribunal.
Só na "zona sudeste" de França, o valor anual arrecadado ascendeu a 2 milhões de euros.
A sentença está marcada para 14 de abril.
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