Ex-dirigente kosovar diz que acusações "doem mais do que tortura"
O ex-porta-voz da guerrilha albano-kosovar do Exército de Libertação do Kosovo (UCK), Jakup Krasniqi, assegurou hoje no Tribunal Especial do Kosovo (TEK), que o está a julgar por crimes de guerra, que "odeia a violência".
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Mundo Kosovo
Salientou inclusive que esta acusação lhe "dói mais do que as torturas que sofreu nos cárceres sérvios".
Na sua intervenção, Krasniqi, presidente do Conselho Nacional do partido kosovar Iniciativa Social-Democrata, destacou que "se há algo no seu percurso político que não tem sentido é a acusação" que lhe é feita, e garantiu que o conteúdo dos delitos que lhe são imputados "lhe dói mais do que as torturas terríveis que sofreu nas prisões do regime sérvio".
"Nunca estive ao serviço de qualquer política criminosa. Por isso, tenho a consciência limpa. Vivi uma vida com dignidade e quero morrer com dignidade. Na minha vida, nunca cometi um ato criminoso. Nem antes, nem durante, nem depois da guerra. Nunca estive envolvido em qualquer ato criminoso, na forma de ação ou omissão, ou de qualquer outra forma", disse, citado pela agência Efe.
Krasniqi está a ser julgado com outros três acusados, Hashim Thaci, ex presidente do Kosovo, Kadri Veseli, ex presidente do parlamento kosovar e líder do Partido Democrático (PDK) e Rexhep Selimi, chefe do grupo parlamentar Vetevendosje.
Os quatro foram altos quadros do UCK enfrentam acusações de crimes de guerra e lesa-humanidade, relativos ao período entre março de 1998 e finais de 1999.
O julgamento começou esta segunda-feira.
Hoje, antes de Krasniqi, foram ouvidos Thaci e Selimi.
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