Pelo menos 56 mortos nos confrontos no Sudão

Os confrontos de sábado entre o Exército sudanês e paramilitares causou a morte de 56 civis, segundo um novo balanço divulgado hoje pelo Sindicato dos Médicos do Sudão.

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Lusa
16/04/2023 06:10 ‧ 16/04/2023 por Lusa

Mundo

Sudão

O anterior balanço apontava para 26 mortos e 103 feridos. A mesma fonte adiantou que há a registar dezenas de mortes entre as forças de segurança.

As mortes ocorreram por todo o país, incluindo na capital, Cartum, e Omdurman, disse o Sindicato dos Médicos do Sudão.

A violência surge após meses de tensões crescentes entre as forças armadas e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), que foram antecedidas de anos de agitação política, desde o golpe militar de outubro de 2021 no país de África.

O que conduz ao receio de um conflito mais vasto, uma vez que os combates continuaram até à noite.

Os combates entre o Exército do Sudão e a poderosa força paramilitar dão um novo golpe na esperança de uma transição para a democracia.

Os confrontos sucederam a meses de tensões acrescidas entre as Forças Armadas do Sudão e as RSF, que já tinham atrasado um acordo com os partidos políticos para que o país voltasse à curta transição para a democracia, que descarrilou com um golpe militar em outubro de 2021.

Os combates eclodiram no início do dia. Testemunhas disseram que ambos os lados dispararam de veículos blindados e de metralhadoras montadas em camiões em áreas densamente povoadas. Alguns tanques foram vistos em Cartum. Os militares disseram ter lançado ataques a partir de aviões e drones em posições das RSF dentro e em redor da capital.

Ao cair da noite, os residentes disseram que ainda ouviam os sons de tiros e explosões em diferentes partes de Cartum, incluindo ao redor do quartel-general dos militares e de outras bases.

Um dos pontos de fortes dos confrontos foi o Aeroporto Internacional de Cartum. Não houve qualquer anúncio formal de que o aeroporto estava fechado, mas as principais companhias aéreas suspenderam os voos.

Leia Também: Sudão. Exército rejeita negociações se grupo paramilitar não se dissolver

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