Mais de sete mil ucranianos foram dados como desaparecidos desde o início da invasão russa da Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, anunciou, esta terça-feira, o Ministério para a Reintegração de Territórios Ocupados Temporariamente.
Segundo Oleg Kotenko, comissário do departamento responsável pelas pessoas desaparecidas, estima-se que cerca de 60-65% dos soldados desaparecidos estejam em cativeiro russo, enquanto os restantes podem já ter morrido.
“Esperamos que as pessoas que procuramos estejam de facto capturadas e não mortas”, disse o responsável, citado pelo jornal ucraniano The Kyiv Independent.
Esta manhã, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelou que a Ucrânia já recuperou mais de dois mil prisioneiros de guerra do cativeiro russo. “Desde 24 de fevereiro, a Ucrânia recuperou 2.235 homens e mulheres ucranianas do cativeiro russo. Lembramo-nos de todos. Vamos trazer todos e cada um deles”, assinalou na plataforma Telegram.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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