Segundo Stéphane Dujarric, Guterres continua a tentar mediar um cessar-fogo no Sudão entre os dois lados beligerantes, o exército e o grupo paramilitar Força de Ação Rápida (RSF, na sigla em inglês), que desde sábado mantêm confrontos, cujo epicentro é a capital, Cartum.
A participação de Guterres foi hoje finalizada numa conversa telefónica com Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da União Africana, que acolherá a reunião, acrescentou Stephane Dujarric.
O diplomata português também discutiu hoje a situação no Sudão com o Presidente queniano William Ruto, e está fortemente envolvido na tentativa de intermediar uma trégua de 24 horas para dar uma oportunidade de descanso aos civis afetados pelos combates, disse Dujarric.
Segundo a ONU, os combates entre o exército e as Forças de Apoio Rápido paramilitares (RSF) estão a ter um efeito devastador sobre os civis e o pessoal das organizações internacionais destacadas para o país.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, os combates, iniciados no passado sábado, dia 15, já provocaram a morte de pelo menos 270 civis e mais de 2 mil feridos.
"Reiteramos às partes em conflito que têm de respeitar o direito internacional. São obrigadas a proteger os civis e a garantir a segurança de todo o pessoal e parceiros da ONU e das suas instalações", frisou ainda o porta-voz.
Segundo os serviços humanitários da ONU, os alimentos e o combustível estão a tornar-se escassos em algumas áreas do Sudão, onde muitas pessoas necessitam de cuidados médicos urgentes a que não têm acesso devido à violência.
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