"Recentemente surgiram algumas ideias a propósito da paz da parte da China e também do Brasil. Para haver esforços de paz credíveis é necessário falar com Kiev e ir lá, ver a agressão pelos olhos deles, pelos olhos dos que estão a ser bombardeados", considerou Josep Borrell, em conferência de imprensa no final de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), no Luxemburgo.
Durante uma visita a Pequim, este mês, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou a postura dos Estados Unidos da América e da UE em relação à invasão da Federação Russa à Ucrânia.
Lula da Silva advogou que Washington e os 27 estavam a alimentar o conflito e, mais tarde, rejeitou escolher um lado por considerar que faz parte de uma terceira via (não estar do lado da Ucrânia ou do Kremlin), que só está interessada na paz.
"Não podemos aceitar esta abordagem benevolente. Não podemos nivelar o agressor e o agredido", disse alto-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros.
Josep Borrell acrescentou que "não é que a Rússia e a Ucrânia não queiram parar", Moscovo é que "quer continuar a invasão".
"Quero recordar a situação horrível no país para todas as pessoas que agora vieram pedir a paz. Eu quero a paz também. Mas estes pedidos onde estavam quando a Rússia estava a concentrar tropas na fronteira [com a Ucrânia]? Todos queremos paz e acima de tudo os ucranianos", completou.
"Até lá", advertiu, a UE vai "continuar a apoiar a defesa da Ucrânia".
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