Nicolás Maduro aumentou os subsídios de alimentação e de guerra

O Presidente da Venezuela anunciou hoje um aumento dos subsídios de alimentação e do "bónus de guerra" dos venezuelanos, que, apesar de serem pagos em bolívares, passam a ser referenciados em dólares e indexados ao valor cambial do dólar.

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Lusa
01/05/2023 22:58 ‧ 01/05/2023 por Lusa

Mundo

Venezuela

"Decreto o 'Cestaticket' (subsídios de alimentação) em 40 dólares (36,44 euros), indexado, e o 'bónus de guerra' em 20 dólares (18,22 euros), indexado, além do salário que os trabalhadores ganham", disse Nicolás Maduro.

O anúncio teve lugar em Caracas, no fim da marcha convocada pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo) para assinalar o Dia Internacional do Trabalhador.

Nicolás Maduro explicou que a indexação do valor referencial do bónus de alimentação e de guerra ao valor cambial do dólar norte-americano, em bolívares, tem como propósito evitar "que se deteriorem".

Em março de 2021, o Governo estabeleceu o salário mínimo dos venezuelanos em 130 bolívares, que na altura equivaliam a 29 dólares norte-americanos, mas que atualmente equivalem a 5,20 dólares (4,74 euros).

O "bónus de guerra" é um subsídio criado pelo Governo da Venezuela, atribuído através da plataforma estatal "Sistema Pátria", que tem como beneficiários trabalhadores públicos, privados e cidadãos de classes económicas baixas.

No setor privado, o salário mínimo mensal que os empresários pagam aos trabalhadores ronda atualmente os 60 dólares mensais (54,67 euros).

Vários sindicatos locais exigiam que o aumento do salário mínimo mensal dos venezuelanos fosse entre 100 e 150 dólares (91,11 e 136,66 euros).

Durante a sua alocução, o Presidente Nicolás Maduro anunciou também a criação de programas de caixas de poupança, de pacotes de turismo e de desporto laboral.

O chefe de Estado ordenou ainda o resgate do Instituto Venezuelano de Segurança Social (IVSS) e das infraestruturas de saúde das empresas estatais, bem como a abertura do Banco Digital da Classe Obreira e o reforço do Instituto de Capacitação e Educação Socialista (INCES).

Leia Também: Venezuelanos realizaram 2.814 protestos para reivindicarem direitos

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