"Os destacamentos de assalto continuaram a realizar operações ofensivas e ocuparam dois quarteirões nas partes noroeste e oeste da cidade de Artiomovsk [nome russo para Bakhmut]", informou o porta-voz do Ministério da Defesa, Igor Konashenkov, no seu relatório diário de guerra.
Assim, são já 29 os quarteirões capturados pelos mercenários do Grupo Wagner nas últimas três semanas em Bakhmut, palco de combates sangrentos há mais de nove meses.
O chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse - numa mensagem de áudio transmitida na rede social Telegram, na noite passada - que as suas unidades avançaram 170 metros num único dia e que restam 2,42 quilómetros quadrados da cidade para ser ocupados.
Prigozhin - que na sexta-feira tinha anunciado que os seus soldados iriam retirar-se de Bakhmut na próxima quarta-feira, por falta de munições - disse hoje que o Ministério da Defesa lhe prometeu munições suficiente para continuar a luta na cidade.
O líder do grupo de mercenários tinha garantido que estava a negociar com representantes do líder checheno, Ramzan Kadírov, a transferência das posições em Bakhmut para as forças especiais de Akhmat, pedindo autorização para tal numa carta endereçada ao ministro da Defesa, Serguei Shoigu.
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