Este acordo foi assinado no âmbito de uma visita do primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte, ao país sul-americano.
O acordo contempla a criação de um "corredor marítimo" para transportar o hidrogénio verde que será produzido em Pecém, na região metropolitana de Fortaleza, no nordeste do Brasil, e a partir de Roterdão para o distribuir a outros países europeus.
Além dos dois portos, vão também participar na iniciativa empresas do setor privado, como a norte-americana AES, a brasileira Casa dos Ventos, a francesa Nexway, a australiana Fortescue e a portuguesa EDP.
"Já somos uma porta de entrada para a Europa e, por isso, Roterdão e Pecém podem legitimamente dominar o acesso ao hidrogénio verde para a Europa", afirmou Rutte após a assinatura do acordo.
O hidrogénio verde é gerado através do processo de eletrólise da água, que consiste na separação do oxigénio e do hidrogénio, e é utilizado principalmente para a produção de fertilizantes para atividades agrícolas.
O insumo também pode ser utilizado como combustível e matéria-prima industrial para produtos farmacêuticos.
O porto do Pecém, localizado no município de São Gonçalo de Amarante, tem até agora 24 projetos assinados para a instalação de empresas do Brasil, França, Portugal, Espanha, Austrália, Estados Unidos e Itália que vão produzir hidrogénio verde.
Desde 2018, o porto de Roterdão, controlado pelo Governo holandês, detém 30% do porto do Pecém.
Além disso, Pecém e Roterdão também estabeleceram na quarta-feira um acordo para apoiar iniciativas conjuntas de desenvolvimento sustentável, logística e energia em ambos os terminais marítimos.
Rutte concluiu assim uma visita de três dias ao Brasil em Fortaleza, onde também se reuniu com empresários em São Paulo e foi recebido na terça-feira em Brasília pelo Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
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