Cerca de 200 mil pessoas fugiram do Sudão desde o início do conflito

O conflito no Sudão obrigou 200.000 pessoas a fugir do país, segundo um novo balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que receia que o número possa aumentar para mais de 800.000 nos próximos meses.

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© Omer Erdem/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
12/05/2023 12:22 ‧ 12/05/2023 por Lusa

Mundo

ONU

 

Cerca de 700.000 pessoas já foram deslocadas internamente, enquanto "muitas mais" permanecem "confinadas às suas casas", incapazes de cobrir as suas necessidades mais básicas, explicou hoje a porta-voz da agência, Olga Sarrado Mur.

Segundo a mesma fonte, a deslocação é complicada devido aos combates e é dispendiosa, dada a falta de combustível e o preço do mesmo.

As pessoas que atravessam a fronteira são de nacionalidade sudanesa, mas há também pessoas de outras nacionalidades, incluindo antigos refugiados que estão agora a regressar aos seus respetivos países, especialmente no caso do Sudão do Sul, referiu.

A resposta humanitária é "complicada e dispendiosa", uma vez que as pessoas que fogem da violência aterram em zonas remotas com poucas infraestruturas ou serviços, ou onde a população local já está a viver no limite, disse Sarrado Mur, advertindo que, com a chegada das chuvas, "a logística será ainda mais difícil, uma vez que muitas estradas ficarão intransitáveis".

Esta nova emergência exigirá um "financiamento significativo" - a ONU e os seus parceiros planeiam fornecer pormenores "nos próximos dias" - mas o ACNUR já observou que a resposta do setor privado tem sido "lenta" em comparação com outras emergências, "apesar da urgência e da gravidade da crise" no Sudão.

Este défice de financiamento é particularmente "crítico", dado que a resposta humanitária para o Sudão, o Chade, o Sudão do Sul e a Etiópia já estava fortemente subfinanciada. Dos pedidos do ACNUR para estes países, nenhum tem mais de 15% de cobertura.

A organização apela a "apoio financeiro imediato para todos os envolvidos na resposta, a fim de evitar uma catástrofe humanitária, evitar a sobrecarga de recursos e apoiar de forma digna as pessoas forçadas a fugir, bem como as comunidades que as acolhem".

O conflito está a decorrer há quase um mês no Sudão entre as tropas do exército e os paramilitares da Força de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).

Leia Também: ONU reforça investigação a violação de direitos apesar de oposição de Cartum

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