"Não vimos qualquer razão para ajustar a nossa postura nuclear", disse a porta-voz governamental, Karine Jean-Pierre, em conferência de imprensa, citada pela Efe.
Jean-Pierre referiu-se ao anúncio hoje feito por Minsk e Moscovo como "um novo exemplo de decisão irresponsável e provocadora".
De igual forma, acrescentou que os EUA vão continuar a acompanhar a situação e sublinhou que o país continua empenhado na defesa da NATO.
O anúncio dos dois países foi também criticado pela Comissão Europeia, que disse tratar-se de "um passo que apenas aumenta a tensão" na guerra na Ucrânia.
O Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, disse hoje que a Rússia começou a transferir armas nucleares para o seu país, cumprindo o anúncio feito em março pelo líder russo, Vladimir Putin.
"A transferência de cargas nucleares já começou", disse Lukashenko, respondendo à pergunta de um jornalista num vídeo transmitido pelo canal não oficial da Presidência bielorrussa na plataforma Telegram, Pul Pervogo.
A Rússia, por sua vez, não comentou ainda a transferência do armamento.
A Rússia e a Bielorrússia assinaram hoje um acordo que formaliza os procedimentos para o envio e instalação de armas nucleares táticas em território bielorrusso, mantendo-se, porém, o controlo do armamento em Moscovo.
Em março, Vladimir Putin indicou que tinha já acertado com o homólogo bielorrusso a intenção de Moscovo instalar armas nucleares táticas de curto alcance na Bielorrússia.
A assinatura do acordo ocorre numa altura em que a Rússia se prepara para enfrentar uma aguardada contraofensiva da Ucrânia.
A Rússia e a Bielorrússia têm um acordo de aliança ao abrigo do qual o Kremlin subsidia a economia bielorrussa, através de empréstimos e descontos no petróleo e no gás russos.
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