A polícia da Pensilvânia, nos EUA, deteve um casal que mantinha os sete filhos a viver numa casa sem quaisquer condições sanitárias e de segurança.
O primeiro alerta foi dado a 23 de abril quando três crianças foram vistas a entrar dentro de um atrelado para roubar. A polícia foi ao local e acabou por levar as crianças até casa, para junto dos pais.
Contudo, ao fazerem-no, aperceberam-se das "condições deploráveis" em que viviam, tendo reparado, inclusivamente, que o frigorífico estava fechado com um cadeado, reporta a CNN Internacional
A mãe das crianças - Chrystal - alegou que o frigorífico estava fechado porque as crianças não paravam de tentar roubar comida e referiu-se aos menores como "lixos com pernas".
Após abandonar o local, a polícia decidiu abrir uma investigação e ativou os serviços sociais. Ao regressarem à residência encontraram mais quatro crianças, dezenas de gaiolas com ratos e muitas fezes.
Shane e Crystal Robertson foram detidos e as crianças, com idades entre os 4 e 16 anos, foram levadas para o hospital para serem sujeitas a testes de rotina, tendo-se concluído que estas estavam "clinicamente abaixo de peso e malnutridas".
A polícia refere, ainda, que "nenhuma das sete crianças tinha qualquer educação formal e todas careciam de conhecimentos básicos. Algumas das crianças não sabiam as suas próprias datas de nascimento e quatro das crianças sofrem de problemas de fala". Dentro da casa só foi encontrada comida para animais. Não havia sabonetes nem pastas de dentes para os mais novos.
"Todas as crianças têm dificuldades com a leitura, a escrita e a ortografia. Todas elas demonstraram ansiedade social e revelaram que não gostavam de estar em público ou perto de outras pessoas."
As crianças foram entregues a famílias de acolhimento.
Os pais foram acusados de sete crimes - referentes a cada um dos filhos - por colocarem em perigo o bem-estar das crianças.
Chrystal, de 37 anos, e Shane, de 47, foram detidos a 19 de maio, mas libertados no dia seguinte depois de terem pago uma caução de 10.000 dólares. As audiências preliminares marcadas para 29 de maio foram adiadas para 7 de agosto.
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