A vítima, um homem na casa dos 30 anos, ficou gravemente ferida depois de ter sido atingida por vários tiros quando conduzia a viatura nas imediações do colonato de Hermesh, no norte da Cisjordânia.
Apesar de tratado por paramédicos do serviço de emergência médica israelita Magen David Adom (MDA) e de enviado de helicóptero para o hospital, o homem acabou por morrer.
O exército israelita começou e a deter os presumíveis autores dos disparos, que descreveu como "terroristas", terminologia frequentemente utilizada para designar os atentados cometidos por palestinianos no contexto do conflito israelo-palestiniano.
O ataque foi reivindicado por milicianos palestinianos da zona da cidade de Tulqarem, pertencentes às Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, um grupo armado ligado ao partido Fatah, no poder.
"Os membros da organização levaram a cabo uma operação especial e abriram fogo diretamente contra um carro de colonos", afirmou a milícia num comunicado, descrevendo o ataque como uma vingança pelas ações israelitas na zona.
Hoje de manhã, as forças israelitas invadiram o campo de refugiados de Nur Shams, no distrito de Tulkarem, onde prenderam dois "suspeitos de terrorismo".
Durante o ataque, houve confrontos com residentes palestinianos, que atiraram cocktails Molotov e dispararam contra as tropas israelitas, "que responderam com fogo real", disse um porta-voz militar.
O porta-voz acrescentou que um soldado israelita "foi ligeiramente ferido por estilhaços de um engenho explosivo".
Tudo isto acontece no meio de uma forte reviravolta no conflito, que está a viver o ano mais mortífero desde o tempo da Segunda Intifada (2000-2005) e tem no norte da Cisjordânia um dos principais epicentros da violência.
Até ao momento, 121 palestinianos foram mortos na Cisjordânia e em Israel, na maioria milicianos, em violentos confrontos com as tropas israelitas durante ataques a cidades palestinianas, mas também civis, incluindo 20 menores.
Do lado israelita, incluindo a morte de hoje, 20 pessoas morreram em ataques de palestinianos, na sua maioria colonos, incluindo três menores.
Há mais de um ano que os ataques de palestinianos contra israelitas - sobretudo forças de segurança e colonos - têm aumentado, tal como os ataques de colonos israelitas.
Simultaneamente, multiplicaram-se também as operações militares israelitas nas cidades palestinianas, quase diárias, com o objetivo de deter suspeitos, resultando frequentemente em mortes.
Segunda-feira, um palestiniano foi morto num ataque das forças israelitas na cidade de Jenine, um dos principais focos de tensão no norte da Cisjordânia.
Israel tomou o controlo da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental na Guerra dos Seis Dias de 1967 e, desde então, tem mantido uma das mais longas ocupações e colonizações destes territórios da história recente.
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