O presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, disse, esta quarta-feira, que o Reino Unido era o “inimigo eterno” de Moscovo e que quaisquer responsáveis britânicos que viabilizassem o combate na Ucrânia podiam ser considerados alvos militares.
A posição, partilhada no Twitter, surge depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros, James Cleverly, ter dito que a Ucrânia tem “o direito legítimo” de se defender não só no seu território, como também de “projetar forças além das suas fronteiras por forma a afetar” a atuação de Moscovo no país invadido.
"Os funcionários patetas do Reino Unido, o nosso inimigo eterno, deviam lembrar-se de que, de acordo com a lei internacional que regula a guerra, incluindo as Convenções de Haia e Genebra com os seus protocolos adicionais, o seu país também pode ser considerado como estando em guerra", escreveu na rede social.
“O Reino Unido age como aliado da Ucrânia ao fornecer-lhe ajuda militar a partir de especialistas e equipamento, mas está a liderar uma guerra não declarada à Rússia", rematou o responsável. as
The UK’s Foreign Secretary Cleverly has stated that Ukraine “has the legitimate right to … project force beyond its borders to undermine Russia’s ability to project force into Ukraine itself.” According to him, legitimate military targets beyond Ukraine’s border are part of its…
— Dmitry Medvedev (@MedvedevRussiaE) May 31, 2023
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.895 civis desde o início da guerra e 15.117 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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