"Entre as soluções de curto prazo que estamos a discutir, está o fornecimento rápido de 100 megawatts (MW) [à África do Sul], após, naturalmente, finalizadas as questões técnicas e comerciais", disse Carlos Zacarias, citado pela imprensa local moçambicana.
O ministro moçambicano falava hoje, em Pretória, capital da África do Sul, após um encontro com o ministro da Eletricidade sul-africano, Kgosientsho Ramokgopa, que tenta encontrar fontes de energia para colmatar o défice de que o país sofre, obrigando-o a apagões regulares.
O governante moçambicano assegurou que estão também em andamento outras soluções a médio e longo prazos, que incluem a operacionalização de alguns projetos entre Maputo e Ressano Garcia, além da entrada em funcionamento da Central Térmica de Temane e do projeto Mphanda Nkuwa.
"Estamos extremamente gratos ao povo de Moçambique [...] É a confirmação da nossa relação saudável e que queremos continuar a fazer crescer", disse o ministro da Eletricidade da África do Sul.
A África do Sul já é o principal comprador da capacidade instalada da Hidroelétrica de Cahora Bassa, no centro de Moçambique, maior albufeira produtora da África Austral, num contrato de compra de energia que vai até 2029.
A Central Térmica de Temane, a maior central elétrica do pós-independência, com uma capacidade de 450MW, está entre os vários projetos energéticos em curso em Moçambique, devendo entrar em funcionamento a partir de janeiro de 2025, com recurso às reservas de gás natural de Pande e Temane.
Afigura-se ainda como solução para a África do Sul, a energia a ser produzida pelo projeto hidroelétrico de Mphanda Nkuwa - ainda no papel -, que numa primeira fase terá uma capacidade instalada de até 1500 MW, com potencial para mais 900 MW de expansão numa segunda fase.
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