Segundo o jornalista e ativista angolano, membro do Observatório da Imprensa e da Comunicação, Simão Hossi, este é o segundo grupo de homenageados, depois de um outro em 2022, estando a inauguração prevista para 14 de julho.
Simão Hossi disse à Lusa que o critério de escolha dos homenageados compreendeu os feitos de várias individualidades na política, associativismo, academia e direitos humanos.
No mural, localizado no município do Cazenga, no bairro Mulemba, por detrás do Mural da Cidadania, vão estar patentes os rostos dos defuntos Mfulupinga Lando Victor (político e académico), Ricardo de Melo (jornalista), Albano Bingo (ativista do caso 15+2), Elias Fernandes (jornalista) e Luís Araújo (ativista).
Entre os homenageados vivos constam os nomes de Ermelinda Freitas (ativista e política), José Gama (jornalista), Filomeno Vieira Lopes (político), Luís Nascimento (político), William Tonet (jornalista), Nelson Pestana (político e académico), Fernando Macedo (académico e ativista dos direitos humanos), Laurinda Gouveia, Rosa Conde e Manuel Baptista Tchivonde Nito Alves (ativistas do caso 15+2).
A escolha de Filomeno Vieira Lopes e Luís Nascimento, ambos do partido político Bloco Democrático deveu-se ao ativismo cívico, o primeiro participante em várias manifestações e o segundo como advogado no julgamento de 17 ativistas angolanos, em 2015, no conhecido caso 15+2.
"O nosso grande objetivo é que todos os que ainda estão vivos e aqueles que já não estão entre nós possam ter os seus feitos lembrados", disse Simão Hossi, ressaltando a importância de se homenagear as pessoas enquanto estão vivas.
Hossi avançou que a execução do mural está dependente de doações e da mobilização de recursos financeiros para continuar a escolher outros rostos e "valorizar as suas ações".
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