A sentença, proferida em tribunal de recurso, segue-se a fortes protestos em que grupos de anarquistas vandalizaram edifícios diplomáticos italianos em Espanha, Grécia e Alemanha, e depois de Cospito ter estado em greve de fome, entre outubro de 2022 e abril último.
O caso envolveu o Supremo Tribunal e o Tribunal Constitucional que se pronunciaram de forma diversa sobre a colocação de Alfredo Cospito no regime de isolamento prisional conhecido como "41Bis" e que é geralmente reservado aos mafiosos e aos criminosos mais perigosos.
Cospito foi colocado naquele regime de isolamento em maio de 2022.
O líder da Federação Informal dos Anarquistas (FAI) foi condenado em primeira instância a nove anos e cinco meses de prisão por ter atacado um executivo de uma empresa, em 2012, e ainda a mais 20 anos de prisão por um ataque com dois pacotes-bomba a uma escola de oficiais da polícia, em 2006, do qual não resultaram feridos, segundo a agência Efe.
Porém, no ano passado, o Supremo Tribunal considerou que o ataque tinha um objetivo subversivo, que é punível com prisão perpétua e sem possibilidade de revisão da pena.
A posição do Supremo foi bastante criticada no meio político, com o caso a chegar ao Tribunal Constitucional que em abril último deu razão ao anarquista e anulou a regra que impedia a apreciação de circunstâncias atenuantes.
O processo acabou, assim, por voltar ao tribunal de Turim que, apesar de os procuradores continuarem a pedir prisão perpétua, acabou por fixar a pena, em decisão final, em 23 anos de prisão.
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