AIEA não encontrou "sinais de explosivos" na central nuclear de Zaporíjia
"Continuamos extremamente cautelosos", sublinhou o o diretor-geral da AEIA, Rafael Grossi.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
A Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) não encontrou sinais da presença de explosivos na central nuclear de Zaporíjia, na Ucrânia, avança a agência de notícias Interfax.
"Durante as recentes inspeções, não registámos quaisquer sinais de explosivos, mas continuamos extremamente cautelosos", afirmou o diretor-geral da AEIA, Rafael Grossi, citado pela Interfax.
Contudo, a agência exigiu ter acesso a todos os edifícios da central nuclear ucraniana de Zaporíjia para "confirmar a ausência de minas ou explosivos no local".
"À medida que a tensão e a atividade militar aumentam na região, os nossos especialistas devem ser capazes de verificar os factos no terreno", disse Rafael Grossi, considerando "crucial esclarecer a situação atual".
O órgão da ONU não conseguiu ter acesso aos telhados das instalações que abrigam os reatores 3 e 4 ou mesmo algumas áreas do sistema de arrefecimento da central.
A presença militar "parece inalterada", acrescenta a AIEA, que também não observou recentemente nenhum bombardeamento nas proximidades.
A central nuclear de Zaporíjia - a maior da Europa - está sob controlo russo desde março de 2022, tendo sido alvo de vários ataques desde então. Tanto Kyiv como Moscovo nem a sua autoria.
De acordo com Kyiv, a Rússia colocou tropas e armas no seu complexo e, no mês passado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou os ocupantes de estarem a planear um "ataque terrorista" envolvendo uma fuga de radiação na central de Zaporíjia, uma acusação imediatamente descartada e descrita como uma mentira pelo Kremlin.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de nove mil civis morreram e quase 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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