PE quer mais controlo sobre ingerências estrangeiras após 'Qatargate'
O Parlamento Europeu (PE) apelou hoje à criação de sistemas eficazes de controlo e vigilância para detetar ingerências estrangeiras na sua atividade, como terá acontecido no escândalo 'Qatargate', que abalou a instituição em dezembro de 2022.
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Mundo Qatargate
Num relatório hoje aprovado por 441 votos a favor, 70 contra e 71 abstenções, os eurodeputados defendem que o fenómeno das tentativas de interferir na democracia é generalizado e "tem de ser combatido da forma mais vigorosa possível", segundo uma nota divulgada pelo hemiciclo europeu.
O PE faz ainda recomendações para a reforma das suas regras sobre transparência, integridade, responsabilização e luta contra a corrupção, invocando o recente escândalo de corrupção e tráfico de influências, conhecido como 'Qatargate', que envolveu vários elementos da assembleia europeia, incluindo uma vice-presidente do PE, que terão recebido subornos do Qatar para defender o país de acusações de violação dos direitos humanos, nomeadamente de trabalhadores imigrantes.
Neste sentido, é pedida uma rápida revisão do Código de Conduta dos Deputados, incluindo sanções eficazes e regras mais apertadas para as declarações de património e de rendimentos paralelos.
O relatório apela ainda à adoção de medidas que reforcem as instituições da União Europeia (UE) quando visadas por tentativas de ingerência estrangeira e a suspensão das propostas sobre cooperação com países aos quais tenham sido detetadas atividades de ingerência.
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