Caso abala Florença. Duas meninas violadas e menores em investigação
Deputado italiano diz que notícia é desconcertante e lembra que estes jovens podiam ser "nossos filhos".
© REUTERS/Antonio Parrinello
Mundo Agressão sexual
Para perceber a história que se segue é preciso voltar à noite da Passagem de Ano e recordar o que se passou numa casa numa província de Florença, em Itália.
Tudo está descrito num relatório da investigação da Procuradora Giuseppina Mione, do Ministério Público de Menores.
Nessa noite, 17 jovens menores reuniram-se na casa de um deles para celebrar a Passagem de Ano. Eram nove rapazes e oito raparigas, com menos de 16 anos, à excepção de duas jovens que tinham apenas 12 anos. Segundo o organizador da festa, de 14 anos, estas haviam mentido sobre a sua idade.
A festa teve de tudo, segundo a reconstituição feita pela polícia. Primeiro, a noite transformou-se numa festa cheia de drogas e álcool. Depois, veio a violação, quando as duas raparigas de 12 anos foram gravadas nos telemóveis de alguns dos participantes a terem relações sexuais com o organizador do evento.
A polícia descobriu tudo graças a uma queixa feita pela mãe de um dos rapazes. Numa análise realizada ao telemóvel deste, foram encontrados os vídeos da festa, que davam por comprovados os crimes sexuais ocorridos durante o evento.
Assim, os oito rapazes presentes na festa são agora alvo da investigação, uns pelo crime de abuso sexual e outros pelo crime de produção e divulgação de conteúdos sexuais com menores.
Entretanto, outros 15 menores juntam-se aos arguidos. É que, segundo explica o El Mundo, os vídeos foram partilhados através das redes sociais com outros rapazes, que não tinham estado na festa, tendo estes, por sua vez, partilhado os vídeos com terceiros. Por este motivo, estão acusados pelo crime de difusão de pornografia infantil.
Os menores em causa são crianças "normais", "filhos de pessoas normais", que provavelmente pensavam que esta forma de festejar a passagem de ano também era normal, escreve o El Mundo.
"Esta é uma notícia que nos desconcerta e nos faz sofrer", comentou Fabrizio Rossi, deputado do partido Irmãos de Itália. "Os menores envolvidos, as jovens vítimas em primeiro lugar, e igualmente os jovens carrascos que alegadamente cometeram alguns dos crimes mais hediondos que podem ser cometidos, podiam ser os nossos filhos", lembrou.
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