As autoridades encontraram de manhã o cadáver de Okende, com vários ferimentos de bala, no interior do seu veículo, numa estrada de Kinshasa.
O Presidente, Félix Tshisekedi, expressou na rede social Twitter a sua "consternação" pelo "desaparecimento em condições trágicas" de Okende e "instou" as autoridades do país a "esclarecer este caso para punir os culpados".
"Estou muito zangado. Um querido camarada foi morto, e foi um assassínio político", disse o presidente do Juntos pela República, Moïse Katumbi, num vídeo partilhado nas redes sociais do partido.
"Exigimos uma investigação independente", acrescentou.
Okende, antigo ministro dos Transportes, deixou o cargo em dezembro passado.
A missão de manutenção da paz das Nações Unidas na RDCongo (Monusco) também condenou o "assassínio" do porta-voz e "congratulou-se com a decisão das autoridades de fazer tudo o que for possível para encontrar os culpados".
Por seu lado, a influente Conferência Episcopal Nacional (Cenco) da RDCongo declarou que este "crime intolerável" põe em causa "o clima político em vésperas das eleições gerais".
As próximas eleições autárquicas, provinciais, legislativas e presidenciais da RDCongo estão marcadas para 20 de dezembro de 2023, nas quais Tshisekedi se candidatará a um segundo mandato.
O país africano realizou as suas últimas eleições presidenciais em 30 de dezembro de 2018, após dois anos de adiamentos, apesar de o mandato do então Presidente Joseph Kabila (2001-2019) ter expirado em 2016.
Apesar das acusações de irregularidades, estas eleições marcaram a primeira transferência pacífica de poder desde a independência da RDCongo, em 1960.
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