Na nota do Vaticano refere-se que a viagem de Zuppi "acontece no contexto da missão de promover a paz na Ucrânia e visa trocar ideias e opiniões sobre a trágica situação atual, bem como apoiar iniciativas no campo humanitário para aliviar o sofrimento das pessoas mais afetadas e fragilizadas, especialmente as crianças".
O Vaticano não forneceu a agenda do cardeal italiano, pelo que se sabe se será recebido pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Zuppi -- que foi escolhido pessoalmente pelo Papa Francisco para tentar mediar a guerra na Ucrânia, bem como para obter o regresso de crianças ucranianas deportadas para a Rússia - já visitou Kiev e Moscovo, sem ter obtido resultados na sua missão.
Em Moscovo, o cardeal italiano - com uma larga experiência na mediação de conflitos - reuniu-se na capital russa com o conselheiro de Assuntos Externos da Presidência Russa, Yuri Ushakov, e com o comissário para dos Direitos da Criança na Rússia, Maria Lvova-Belova.
A visita de Zuppi a Moscovo aconteceu três semanas depois ter estado em Kiev, onde se encontrou com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que reiterou a sua intenção de não aceitar qualquer plano de paz que não implique a retirada das forças russas dos seus territórios.
O Papa Francisco tem pedido repetidamente o fim da guerra, mas absteve-se de criticar Moscovo abertamente, cumprindo a tradição do Vaticano de manter a neutralidade diplomática em conflitos, na esperança de que possa desempenhar um papel nos bastidores para forjar a paz.
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