DeSantis envolvido em acidente de viação durante campanha eleitoral
O candidato republicano e governador da Florida escapou ileso e sem ferimentos.
© Getty Images
Mundo Eleições EUA
Há um ano, Ron DeSantis era catalogado como o futuro do Partido Republicano e o principal rival. Mas a sua campanha não tem corrido de feição, as sondagens apontam para uma distância cada vez maior e, no Tennessee, nem a própria estrada ajudou o governador da Florida.
Num comunicado, citado pela CBS News, o porta-voz da campanha de DeSantis, Bryan Griffin, confirmou a ocorrência do acidente no carro em que seguia DeSantis e os principais membros da sua equipa.
"Esta manhã, o governador esteve num acidente de viação enquanto viajava para um evento em Chattanooga, no Tennessee. Ele e a sua equipa estão bem. Agradecemos as preces da nação pela sua continuada proteção enquanto está em campanha", afirmou Griffin.
A campanha não esclareceu sobre a natureza do acidente, como é que ocorreu, quantas pessoas estão envolvidas e se o governador manteve o seu compromisso num evento de angariação de fundos em Chattanooga.
DeSantis, de 44 anos, tem tido um mês de julho atribulado na estrada. À medida que as sondagens apontam para uma queda cada vez maior em relação ao antigo presidente, o autoritário e extremista governador da Florida despediu mais de dez pessoas no seu staff de campanha e está previsto que despeça ainda mais pessoas, numa tentativa de injetar um novo rumo na corrida.
Na semana passada, também a NBC News disse que a campanha queria virar do avesso a sua comunicação, desde mensagens automáticas, eventos e estratégia de média e redes sociais.
Resta saber se isto será suficiente para voltar a aproximar-se de Trump, que segue cada vez mais isolado na frente dos candidatos à primária republicana, e é visto cada vez mais como a aposta mais segura para tentar retirar a Casa Branca de Joe Biden e dos democratas.
As últimas sondagens apontam para uma distância de cerca de 30 pontos percentuais entre Trump e DeSantis e, segundo a Fox News, há candidatos, outrora vistos como candidaturas irrealistas, que estão a meros cinco pontos do governador. Na Carolina do Sul, a antiga embaixadora na ONU, Nikki Haley, está mesmo à frente de Ron DeSantis.
New polls on @FoxNewsSunday just now. DeSantis behind Haley in SC. Scott within 5 of DeSantis in Iowa. Trump 30 or more points ahead in both.
— Alex Thompson (@AlexThomp) July 23, 2023
Iowa
Trump: 46
DeSantis: 16
Scott: 11
South Carolina:
Trump: 48
Haley: 14
DeSantis: 13
Scott: 10 pic.twitter.com/0M1R3n7dnJ
O governador da Florida chegou a ser visto como um dos principais candidatos à liderança do Partido Republicano pós-Donald Trump, especialmente depois das eleições intercalares de 2022, quando vários candidatos apoiados pelo antigo presidente foram amplamente derrotados, enquanto DeSantis dominou completamente a sua reeleição.
No entanto, as medidas legislativas aprovadas por si na Florida - desde a guerra burocrática contra a Disney, a opressão enorme contra pessoas LGBTI+, o afastamento de manuais escolares sobre racismo (mais recentemente, um currículo escolar que considerava que as pessoas escravizadas "beneficiaram" da escravatura), e várias outras pequenas polémicas que enalteceram o caráter mais agressivo e autoritário de DeSantis - têm afastado os eleitores e até mesmo o próprio Partido Republicano, que passou a preferir o 'mal que conhecem', neste caso, o arguido e investigado Donald Trump.
O campo de candidatos republicanos é bastante extenso e, ao antigo presidente dos Estados Unidos e o seu ex-pupilo, junta-se também Mike Pence, o antigo vice-presidente de Trump, o principal terceiro candidato na maioria dos inquéritos.
Estão também na corrida o ex-governador da Nova Jérsia, Chris Christie; ,o governador de Dakota do Norte, Doug Burgum; a ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU Nikki Haley; o ex-governador do Arkansas Asa Hutchinson; o senador da Carolina do Sul Tim Scott; Francis Suarez, o autarca de Miami; e Will Hurd, um antigo congressista pelo estado do Texas e antigo oficial na CIA.
Também os empresários Vivek Ramaswamy, Ryan Binkley e Perry Johnson apresentaram as suas candidaturas, assim como o radialista Larry Elder.
Do lado democrata, Joe Biden será novamente candidato e procurará ser reeleito para a Casa Branca. Biden, que tem 80 anos e terá 86 no final de um hipotético segundo mandato, não tem uma verdadeira oposição, com os únicos dois outros democratas na corrida - a escritora de livros de autoajuda Marianne Williamson, e o magnata Robert F. Kennedy Jr. conhecido pelas suas teorias de conspiração - a ficarem bem para trás nas sondagens.
O único candidato por um terceiro partido até agora anunciado é Cornel West, um professor socialista de filosofia em várias das principais universidades norte-americanas, que trabalhou para Bernie Sanders e que tentará ser candidato pelo Partido Verde.
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