A zona onde se encontra o centro de detenção, no leste da Ucrânia, está atualmente ocupada pelas forças russas e pelas milícias separatistas russófonas.
"Os prisioneiros de guerra que ficaram feridos ou morreram em Olenivka e os seus familiares merecem que se conheça a verdade e que os responsáveis das violações do direito internacional prestem contas", assinalou o advogado austríaco, num comunicado emitido pelo Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, estrutura que dirige desde outubro de 2022.
O gabinete da ONU para os direitos humanos acrescentou que se reuniu com familiares das vítimas e com vários sobreviventes para conhecer as circunstâncias e as causas das mortes.
A estrutura esclareceu ainda que não se deslocou ao local por ausência de "garantias satisfatórias de acesso seguro" pelas autoridades russas.
O comunicado emitido pelo alto-comissário assinala que o incidente marcado pela morte dos prisioneiros "não foi provocado por um foguete HIMARS", a versão divulgada por diversos responsáveis russófonos de Donetsk, que acusaram o Governo ucraniano pelo ataque.
Türk comprometeu-se a acompanhar este caso "em conformidade com os seus conhecimentos especializados e o seu mandato".
"As mortes ou lesões graves dos prisioneiros de guerra devem ser seguidas de uma investigação oficial e exaustiva por parte do país ocupante", assinalou na mesma nota informativa.
A ofensiva militar russa em curso no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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