Vários agentes da guarda de fronteira bielorrussa cortaram um troço da cerca entre os dois países para que estas pessoas pudessem atravessar para a Letónia. Posteriormente, os agentes bielorrussos consertaram a vedação para impedir o retorno dos migrantes, segundo o portal de notícias báltico Delfi.
No entanto, os migrantes foram detidos e devolvidos pelas autoridades letãs à Bielorrússia, conforme estabelecido pelo decreto de emergência do Governo de Riga, em vigor desde agosto de 2021, para lidar com a crise migratória.
Não é a primeira vez que a Letónia alerta para as alegadas provocações vindas da Bielorrússia. As autoridades bielorrussas são acusadas de utilizarem a migração como arma para desestabilizar a região.
Na semana passada, os outros dois países afetados por estas alegadas manobras de Minsk, a Polónia e a Lituânia, reuniram-se para tratar de questões e problemas comuns de segurança, chegando mesmo, no caso de Vilnius, a levantar a possibilidade de encerrar totalmente a sua fronteira com a Bielorrússia.
A Polónia e os países bálticos sustentam que a Bielorrússia apoia estas tentativas de passagem da fronteira - pagando autocarros para os migrantes e fornecendo-lhes pertences e comida para se instalarem nas proximidades antes da travessia - em retaliação pelas sanções impostas pela UE depois da violência pós-eleitoral de 2020, que ocorreu após o sufrágio que consolidou o sexto mandato do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.
A chegada nas últimas semanas de mercenários do Grupo Wagner - cerca de 4.000 soldados estão estacionados numa área de fronteira com a Polónia - prejudicou ainda mais as relações entre Minsk e os países da região.
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