Foi libertada a cidadã norte-americana que, juntamente com a sua filha, tinha sido raptada no Haiti no final de julho.
O anúncio foi feito pela organização cristã sem fins lucrativos no âmbito da qual a enfermeira estava no país caribenho.
"É com muita gratidão e imensa alegria que nós, da [organização] El Roi Haiti confirmamos a libertação da nossa funcionária e amiga, Alix Dorsainvil, e da sua filha, que estavam reféns em Port au Prince. Rezamos a Deus pelas preces ouvidas", lê-se num comunicado citado pelas publicações internacionais.
Na mesma nota, a organização pede ainda que a mulher não seja contactada, assim como a sua família, "dado que há muito a processar e a resolver" no âmbito desta situação.
O rapto terá acontecido a 27 de julho. A mulher, casada com o diretor da organização, e a filha de ambos, terão sido raptadas nos arredores da capital haitiana.
A mulher, natural de New Hampshire, nos EUA, foi desde logo descrita como trabalhadora "incansável" determinada em "trazer alívio para aqueles que sofrem".
Já um porta-voz do Departamento de Estado do Haiti confirmou, dias depois do rapto - também em comunicado - "os relatos do sequestro de dois cidadãos americanos no Haiti".
"Estamos em contacto regular com as autoridades haitianas e continuaremos a trabalhar com eles e com os nossos parceiros interagências do governo dos EUA. O sequestro é generalizado e as vítimas incluem regularmente cidadãos americanos", lia-se na nota.
Gangues armados controlam cerca de 80% da capital haitiana, onde são comuns os crimes violentos como rapto com pedido de resgate, assalto à mão armada e roubo de automóveis.
No início deste mês, a Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos emitiu um relatório alertando para um aumento de assassinatos e sequestros, enquanto o Conselho de Segurança da ONU reuniu para discutir o agravamento da situação no Haiti.
Perante a situação, o Departamento de Estado dos EUA pediu que os cidadãos evitassem deslocações até ao país.
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