Aumenta para 55 o número de mortos em confrontos na Líbia

Resultado de confrontos armados entre duas milícias em Tripoli.

Notícia

© MAHMUD TURKIA/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
16/08/2023 17:51 ‧ 16/08/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Líbia

Subiu para 55 o número de mortos resultantes de confrontos entre milícias em Tripoli, na Líbia, foi anunciado esta quarta-feira. Há ainda 146 feridos.

Os relatos iniciais davam conta de 27 mortes resultantes destes confrontos, que ganharam intensidade na segunda-feira, entre a Força Especial de Dissuasão e a Brigada 444, duas das forças militares mais fortes na Líbia.

Os confrontos ganharam uma dimensão tal que o aeroporto principal da cidade foi fechado temporariamente.

Trata-se já da pior escalada militar deste ano, começando após o chefe da Brigada 444, Mahmoud Hamza, ter sido detido por uma outra milícia, as Forças Especiais de Dissuasão (Rada).

A Brigada 444 declarou ter assumido o controlo total da área de Ain Zara, nos arredores de Trípoli, e impediu a entrada de membros da Rada.

Na terça-feira, o Ministério da Saúde da Líbia tinha pedido uma trégua de duas horas para retirar as pessoas retidas nas zonas de combate e para permitir que os hospitais recebessem doações de sangue.

O OPSGroup, uma organização da indústria da aviação, disse na segunda-feira que um grande número de aviões partiu de Trípoli devido aos confrontos. Os voos com destino à capital da Líbia estão a ser desviados para a cidade vizinha de Misrata.

As duas milícias, que controlam Trípoli, apoiam o primeiro-ministro do Governo de Unidade Nacional, Abdelhamid Dbeiba, contra um executivo paralelo sediado em Benghazi que administra o leste do país, e a Rada está ligada ao Conselho Presidencial.

O Presidente do Conselho Presidencial, Mohamed Manfi, na qualidade de Comandante Supremo do Exército, exortou "todas as partes beligerantes a cessarem imediatamente as hostilidades".

Ao pedido juntaram-se a missão especial da ONU na Líbia, a União Europeia e as embaixadas de França, Estados Unidos e Grã-Bretanha.

A atual escalada militar é a pior vivida neste ano, após uma relativa calma, após ter sido avançado um "roteiro" para convocar eleições gerais e pôr fim ao longo e instável processo de transição iniciado após a queda do ditador Muammar Khadafi em 2011.

Leia Também: Confrontos entre milícias na Líbia causam pelo menos 27 mortos

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas