Níger. UE condena ataque de milicianos que matou 17 militares

A União Europeia (UE) condenou hoje os ataques perpetrados por milícias que provocaram a morte de 17 militares no Níger e considerou que estas ações são resultados de um país "muito enfraquecido" por um golpe de Estado.

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Lusa
17/08/2023 10:45 ‧ 17/08/2023 por Lusa

Mundo

Níger

"A UE condena veementemente os ataques perpetrados por grupos armados que causaram a morte de pelo menos 17 soldados nigerinos", escreveu o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, na rede social Twitter.

Borrell acrescentou que o "restabelecimento da ordem constitucional" é a "única maneira de restabelecer a segurança de um país muito enfraquecido por uma tentativa de golpe de Estado".

Também a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) condenou o ataque fundamentalista e apelou à junta golpista do Níger para restabelecer a ordem constitucional e concentrar-se na luta antiterrorista.

Pelo menos 17 militares morreram no terceiro ataque contra o exército nigerino na fronteira com o Mali, depois de um golpe de Estado no dia 26 de julho, organizado pelo general Abdourahmane Tiani.

O Presidente do país, Mohamed Bazoum, foi deposto e está desde então detido em prisão domiciliária.

O Níger enfrenta uma situação cada vez mais precária, com a instabilidade político-social a agravar a de segurança, uma vez que há milícias que são ramificações de grupos como o Estado Islâmico e a Al-Qaida.

O país é o quarto na África Ocidental a ser liderado por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burkina Faso, que também tiveram golpes de Estado entre 2020 e 2022.

Leia Também: Emboscada mata pelo menos 17 militares no Níger e fere outros 20

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