Os ataques ocorreram ao início da manhã na cidade de Aouzou, no norte do país, depois de aviões de guerra chadianos terem bombardeado uma base da FACT.
O incidente acontece um dia depois de um ataque a um acampamento do também grupo rebelde Conselho de Comando Militar para a Salvação da República (CCMSR) em Kouri-Bougoudi, na província nortenha de Tibesti, que causou 27 mortos (24 insurgentes e três militares).
"Não podemos permitir que grupos rebeldes se instalem no nosso território depois de vários meses de negociações. Os combates de hoje fizeram 43 mortos do lado inimigo", disse Adoum Hassabalah, comandante das operações militares no Tibesti.
"Como são ataques aéreos, não perdemos nenhum soldado, nem registámos feridos nas nossas fileiras", afirmou Hassabalah.
Os rebeldes do FACT descreveram este ataque como uma declaração de guerra e anunciaram a rutura de um cessar-fogo com o exército do Chade.
"Apesar da nossa vontade de encontrar uma solução pacífica para a crise que assola o Chade, a junta continua a provocar-nos depois de não ter conseguido liderar o país", disse o secretário-executivo da FACT, Mahamat Barh Bechir.
"Este ataque constitui uma declaração de guerra e, por isso, decidimos romper o diálogo e o cessar-fogo com as autoridades militares no poder. Também nos vamos preparar para uma grande ofensiva nos próximos dias", alertou Kindji.
Em abril de 2021, o Presidente Idriss Déby Itno, que governava o Chade desde 1991, foi morto durante confrontos entre o exército e o FACT.
Desde a sua morte, o poder foi tomado pelo seu filho de 39 anos, o general Mahamat Idriss Déby Itno, que anulou a Constituição e dissolveu o Governo e o Parlamento.
O Chade tem dezenas de grupos rebeldes que colocam em risco a estabilidade do país, baseados em grande parte no sul da vizinha Líbia.
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