O ataque ocorreu na sexta-feira, quando os assaltantes invadiram Yarou e atiraram contra os moradores, além de terem roubado gado e outros bens, segundo disseram testemunhas, por telefone, à agência de notícias EFE.
O centro do Mali é palco há anos de ataques de grupos fundamentalistas islâmicos, mas também de conflitos interétnicos e confrontos entre grupos armados rivais que disputam território e poder.
Nos últimos dias, grupos armados impuseram ainda um bloqueio a Douentza e à autoestrada RN16, que liga a cidade ao norte do Mali.
O Mali vive uma profunda crise política e de segurança desde 2012, quando grupos rebeldes e fundamentalistas islâmicos assumiram o controle do norte do país, expandindo a sua área de influência para os vizinhos Burkina Faso e Níger.
A situação agravou-se após dois golpes de Estado em agosto de 2020 e maio de 2021.
A junta militar fez da soberania o seu lema desde que tomou o poder no Mali, rompendo a aliança com a França e os seus parceiros contra o terrorismo, para se voltar militar e politicamente para a Rússia.
A pedido da junta militar, a Missão das Nações Unidas no Mali está a retirar, até 31 de dezembro, cerca de 11.600 soldados e 1.500 polícias de dezenas de nacionalidades, que estiveram presentes no norte do Mali.
A 03 de agosto, um ataque do grupo extremista Estado Islâmico (EI) a uma caravana do exército do Mali que se dirigia para o Níger deixou 16 soldados mortos e dezenas de feridos na região de Ménaka, no nordeste do país.