Ucrânia. Serviços secretos confirmam trabalhar para matar oficiais russos
Os serviços secretos militares ucranianos (GUR), uma estrutura do Ministério da Defesa da Ucrânia, confirmaram hoje estar a trabalhar ativamente para eliminar altos responsáveis militares russos, em retaliação pela invasão russa do país, em fevereiro de 2022.
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Mundo Ucrânia/Rússia
"Não nomearemos os apelidos ou as unidades, mas estamos a falar de trabalho do GUR", disse o representante da estrutura Andri Yusov, numa entrevista à agência nacional de notícias Ukrinform, quando questionado sobre a existência de uma unidade dedicada a tal missão.
Yusov afirmou que a Federação Russa é "o inimigo número um" dos serviços secretos militares ucranianos e explicou que essa estrutura também atua noutros países, em cooperação com as respetivas autoridades, para fazer os responsáveis pela agressão militar russa pagar pelas suas ações contra a Ucrânia que, indica a ONU, já causaram a morte de pelo menos 9.000 civis ucranianos, embora salvaguardando que os números reais serão muito superiores.
Segundo o representante do GUR, os serviços secretos militares ucranianos estão agora a trabalhar ativamente para este objetivo.
"Há muitos criminosos de guerra e não faltará trabalho", comentou Yusov, acrescentando que algumas destas pessoas não irão a tempo de se entregar a um tribunal internacional ou comparecer perante a justiça ucraniana.
O diário britânico The Times publicou recentemente uma investigação sobre a existência de uma unidade do GUR ucraniano chamada "Xamã" que estará a trabalhar na eliminação de militares russos de altas patentes dentro da Rússia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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