Emboscada de extremistas islâmicos no Níger resulta em 12 soldados mortos
Doze soldados nigerinos foram mortos no domingo numa emboscada executada por presumíveis combatentes extremistas islâmicos na região de Tillabéri (sudoeste do Níger), assolada pela violência dos grupos armados, anunciou hoje a televisão estatal.
© Djibo Issifou/picture alliance via Getty Images
Mundo Níger
Uma missão de operações da Guarda Nacional "foi alvo de uma emboscada" no domingo, por volta das 17h30 locais (16h30 TMG), perto da aldeia de Doukou Saraou, na comuna de Anzourou, na região de Tillabéri, noticiou a Télé Sahel.
"Doze dos nossos soldados" foram "mortos", acrescentou a estação pública de televisão nigerina.
A Télé Sahel refere ainda que a "reação" da guarda "infligiu pesadas perdas ao inimigo", sem indicar o número de mortos.
As vítimas foram enterradas na presença do tenente-coronel Maïna Boucar, o novo governador militar de Tillabéri, informou a estação de televisão.
A região de Tillabéri situa-se na chamada zona das "três fronteiras" entre o Níger, o Burkina Faso e o Mali, um território com forte presença de combatentes de grupos extremistas islâmicos filiados na Al-Qaida e Estado Islâmico.
Há anos que esta parte do Níger é regularmente alvo de ataques destes grupos armados, apesar do destacamento em larga escala de forças anti-extremistas.
Na semana passada, pelo menos 17 soldados nigerinos foram mortos e 20 ficaram feridos numa emboscada levada a cabo por supostos extremistas islâmicos armados no departamento de Torodi, perto da fronteira com o Burkina Faso, segundo o Ministério da Defesa nigerino.
O "agravamento da situação de segurança" no Níger foi um dos principais argumentos invocados pelos membros do regime militar que tomou as rédeas do país na sequência do golpe de Estado de 26 de julho, que derrubou o Presidente, Mohamed Bazoum.
De acordo com a organização não-governamental Acled, que regista as vítimas de conflitos em todo o mundo, nos primeiros seis meses de 2023, os ataques no país contra civis diminuíram 49% em relação aos primeiros seis meses de 2022, e o número de mortos 16%.
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